Uma oportunidade para Ser, Estar e Elevar
1 - Semente
Já havia algum tempo que sentia que, até ao final do ano, iria mudar de residência.
Num momento hialino, foi-me sugerido manifestar um certo conceito que iria ter várias fases.
A base prima seria uma casa em terreno próprio com água natural.
Fiquei super entusiasmado e aceitei honradamente a demanda.
E surgiram as questões: como, onde e quando.
A comunicação foi muito vertical: vais ser guiado no como e no onde e vai acontecer este Verão.
E eu: “Maravilhoso, mas e o dinheiro, como é se compra um terreno, estamos a entrar em julho e essas burocracias todas?"
E veio um eco firme e doce: "Vais ser guiado".
3 noites demorei a processar toda a informação que era partilhada.
Percebi que podia dividir o projeto em áreas, para a estratégia ser mais clara: quantificar o necessário para a primeira fase, encontrar o terreno apropriado e ter uma casa de madeira (rápida instalação, boa climatização e de materiais naturais).
Percebi que seria um valor muito alto e questionei a minha Família se poderiam emprestar a verba que me faltava para avançar com o projeto.
A resposta foi afirmativa e passei à fase do terreno.
Rapidamente percebi que tinha dedicado pouco valor a este item e que seria muito difícil encontrar algo decente com os requisitos mostrados.
Os dias iam passando e a concretização do terreno parecia mais distante...
Pedi orientação e o retorno foi: "Ele está à tua espera pois ele não está à venda. Antes disso, vais ter de ver vários e só depois, irás encontrá-lo.
Pensei: "Bonito! Como é que vou comprar uma coisa que não está à venda? Bem.... É seguir. Bora lá!"
Apontei à casa de madeira. Várias hipóteses, mas todas elas com um prazo de entrega de 5 a 6 meses. "Boa!? Isso é janeiro... Como é que vai ser?"
E mais tempo decorria e o que devia estar a colaborar a manifestar, parecia não sair do éter.
Muitos terrenos vi e muitas desilusões vivi. Muitas noites de planos e escuta por sinais, vividas.
Uma empresa muito profissional que vende e instala as casas de madeira, partilhou que encontrou a única casa de madeira para entrega, em toda a Europa.
Agradeci efusivamente pois o modelo de casa disponível, era o necessário para acolher a semente.
"A única casa!!! Ia ser o meu novo Lar. Parecia bem catita. Ultra Agradecido."
E mais umas noites a receber detalhes para o interior da casa e o que deveria ter mais em atenção no exterior e vislumbres de umas imagens belas daquele local.
E foram tantas experiências que o entusiasmo foi sendo corrompido pela espera, pelos meios parecerem muito escassos e pela incerteza de concretização.
E nestes momentos, havia sempre um afago de conforto: "Distrai os pensamentos. Já conheces todas as praias fluviais da zona? Estás amparado e agradecemos o teu sacro-ofício"
Nada melhor do que ir conhecer as praias fluviais, de mota, no Verão, hein?
Grande companheira nestas epopeias, foi a Flauta e os seus encantos melodiosos.
As visitas aconteciam, mas de terreno satisfatório, ficava tudo aquém.
A casa chegou nos princípios de agosto a Portugal. Mas o local para a instalar carecia de âncora.
Mais e mais visitas infrutíferas; até que fui sendo guiado para o meu terreno.
Já sabia que ele estava lá, mas o tempo passava e a casa de madeira tinha de ser instalada. Na última semana do prazo e por circunstâncias muito bafejadas, cruzei-me com um local que tinha tudo: era plano, tinha usufruto de água de furo hertziano, boa exposição solar, tinha a área necessária para a fase inicial (com área adjacente para futura expansão), que podíamos tratar da transferência rapidamente e na localidade que mais me aprazia: Graça (Pedrogão Grande)
Depois de muitas negociações, houve acordo e, claro, muita Alegria, Celebração e Agradecimento. E sempre com o sentir de estar abençoado.
E confirmei a informação recebida: "Tinha tudo, não estava à venda e sim, vi muitos terrenos".
Apercebi-me que toda a tensão experienciada foi desnecessária e que as visitas a praias fantásticas, foram bem vividas.
Depois de alguns atrasos e algumas burocracias, a casa chegou ao terreno. Meia dúzia de paletes com pranchas de madeira, e uma com portas e janelas.
Senti-me um anão no Ikea. Como é que dali, ia surgir a minha casa? Parecia impraticável.
Fui ajudando na montagem e a tratar dos exteriores e da água; e os dias sucederam-se. Mas tudo parecia decorrer quase em camara lenta.
Já havia janelas na casa, quando comecei a sentir um sincronismo tal, que tudo ficou leve.
Numa sintonia em que o mais atrás ou mais à frente, se desvaneciam um no outro; era como uma fonte cantasse a próxima posição a cada ponto, e tudo fluía acetinadamente.
A busca, os prazos, os meios; mostraram-se como que todos interligados e que os potenciais acontecimentos iriam-se manifestar no ponto cósmico adequado.
A água já preenche os depósitos, a horta já tem verdes, a casa já está quase, quase finalizada e tudo virá.
Sei que ainda vou sentir muitos apertos, sei que as Alegrias vão ser imensas e sei que o Propósito está a ser cumprido.
2 – AURORIAL
E o momento tão esperado da Semente eclodir, chegou: a entrada na nova Casa!
No meu acompanhamento diário ao crescer da Casa, havia alguns dias que ao chegar à zona da Graça (Pedrogão Grande), sentia um sentimento de Lar. Uma atmosfera que me acolhia, protegia e onde eu podia existir. Uma certeza de puder repousar profundamente.
Senti que no dia 20 de Outubro de 2021 (Lua Cheia em Carneiro) seria a minha primeira noite no novo Lar. Preparei tudo para que fosse significativa.
Mas os preparativos não queriam acontecer. E, mesmo não tendo todos os sistemas de conforto finalizados (principalmente: canalização e instalação elétrica), avancei.
Agradeço todos os incentivos de quem me impulsiona pois adorei a experiência, desde o primeiro momento.
O facto de a casa ser em madeira tem realmente um conforto extra: muito equilibrada termicamente, sensação agradável de estar e um silêncio amplo.
Claro que não dormi nada!
Um turbilhão de sensações constante. Muita Alegria por Estar, Agradecimento pelo processo e com o ego muito confortado. E haviam uns picos de uma imersão envolvente num sentimento avassalador de Gratidão. Uma sensação de transbordar doçura absoluta que emanava do meu Coração.
E fui revendo todo o processo e quero partilhar uns factos muito interessantes (nenhum fruto de minha escolha):
* o terreno é um quadrado perfeito de 26m de lado
* a casa (10,5m x 6,5m) tem a proporção de ouro (10,5/6,5 =~ 1,618)
* a porta de entrada ficou virada para poente (Colheita, Abundância, Materialização)
* o solo tem Magnetite e Cristal de quartzo
E tudo foi Celebração: o primeiro duche, o primeiro pequeno almoço, a primeira vez a desfrutar do Sol no baloiço, o primeiro Som Cristal, tocar Flauta num espaço de madeira que tem o teto inclinado, a primeira refeição, …
As bricolages tomaram quase todos os primeiros dias. O embelezamento, a ourificação de cada ponto, de cada zona, de cada solução. Senti-me um jardineiro de casas.
E houve um momento em que se tornou imperativo haver um nome; uma chave sonora que representasse o conceito.
Já haviam algumas propostas, mas houve uma que quando se fez presente, eclipsou todas as outras: AURORIAL. O sítio das auroras internas.
Aurora é o desabrochar da Luz. O emergir do Dia. O potencial que se manifesta.
E a edificação de um Lar foi acompanhando os dias. Passado mais de um mês, só me sinto honrado em puder Estar neste Momento.
E já começou a surgir informação para uma nova fase…
Vou recebendo as peças e espero a imagem do puzzle surgir.
Mais partilhas em breve.
3 – Maturação
Com o aniversário do projeto, senti que era devida uma partilha.
Foi glorioso viver o Inverno neste Lar de madeira.
O ambiente sempre com pouca humidade, temperatura relativamente estável e insonorização eficaz.
Tendo aceitado um part-time para dar mais força ao desenrolar do fluxo, tudo aconteceu ainda mais rápido.
E senti muitas vezes aquela sensação de que está tudo pronto e, simplesmente, aguarda ser manifestado. Como uma rolha que impede o fluxo cósmico de jorrar em esplendor.
Foi um ritmo muito intenso e com muita Alegria.
E ter o privilégio de edificar o meu Lar, foi uma honra. Construir cada recanto, cada detalhe e, ver a estrutura a desabrochar e a ter frutos visíveis: a Beleza prática de um espaço acolhedor.
Ainda antes da Primavera, senti que houve uma mudança de direção no plano etérico. E foi nesta altura que as imagens que tinha das fases do projeto, começaram a se desvanecer e desapareceram.
Ainda esperei que houvesse como que uma substituição, mas a comunicação foi clara: “Tens de esperar. Mas podes estar ativo. O teu Servir é útil. Lembra-te sempre do Propósito maior.”
E também o meu part-time deixou de ser possível.
Depois de um ritmo tão intenso, este ritmo mais condicionado; começou a ser pouco.
Claro que uma casa de campo é um eterno work-in progress: há sempre algo que pode feito. E muito verticalmente, recebi: “Antes era porque era demais, agora é pouco??? Aprecia e honra a qualidade de cada momento. Aguarda. Estamos sempre perto.”
Comecei a investir mais na divulgação do Som Cristal aqui na zona, junto da vasta comunidade estrangeira residente.
A recetividade está a ser muito gratificante e os convites para partilhas sonoras estão a surgir.
Neste momento, 90% dos vegetais da minha alimentação, vêm da minha dedicação à Mãe Terra. Que bela tecnologia! É uma produtora de milagres. E já vou conhecendo alguns dos seus segredos e bênçãos mas continua sempre a ser misterioso, como é que aquilo tudo, emerge apenas de uma semente…
E ver como a Geometria; que é algo tão delineado e preciso; a se manifestar tão delicadamente em cada verde, em cada estrutura, em cada fruto maravilhoso.
Para ter ainda mais autonomia, estar mais Off-Grid (depois de já ter energia e água próprias); estou a instalar um equipamento de produção de gás. Darei mais novidades em breve.
E resumindo este ano que passou numa única palavra, só me surge: Gratidão.
Há cerca de um ano, o projeto ainda não existia na minha consciência e, agora, há uma casa de campo em madeira quase Off-Grid. Como costumo dizer: “Se fosse eu a planear, não teria sido assim.”
Sinto-me Abençoado, Grato e Honrado por tudo.
4 – Renovação
Quando comecei a estudar a Numerologia de 2023, percebi que trazia a potencialidade de ser novo, diferente e, sem dúvida, muito à frente.
Claro que fiquei entusiasmado e comecei a sintonizar-me com esses fluxos.
O que percebi logo, é que teria de fazer ajustes/mudanças: internas e externas. Quanto mais me conectava, mais informação era partilhada. E a consciência AURORIAL começou logo a dar indicações.
Depois de um Verão/Outono pródigo em visitas, sessões e estadias (Agradeço a Tod@s); e, quando as chuvas começaram a ser mais frequentes e o terreno alagava, tudo ficou claro. Também teria de proporcionar conforto no acolhimento, em condições mais ásperas.
Todas as águas enlameadas da estrada, estavam a entrar pelo terreno; alagando-o e tornando tudo mais sujo. Percebi logo que tinha de trabalhar ainda mais os meus limites e respeitá-los; e não permitir invasões/abusos. Físicos ou suprafísicos.
Iria terminar certas bricolages que ficaram à espera, alterar o terreno e trabalhar internamente muito. E que deveria acontecer por volta do Natal.
Alegremente, pensei logo: “Boa! Parece um salto quântico! Agradecido!”
Comecei a receber instruções ainda mais precisas. Achei tudo maravilhoso e, passei à ação.
Foi com muita Alegria que iniciei os ajustes/arrumações no interior da casa.
Trabalhar o exterior é que foi um desafio. As chuvas tornaram a terra mais pesada, mais difícil de caminhar e o meu físico foi ao limite. Só na 2ª semana, aceitei que teria de adotar um ritmo mais calmo e que fosse também, em sintonia com o trabalho interno.
Cada cavadela, cada carrinho de mão de terra, cada esforço; continham beleza, harmonia e milagre. Eram meditações bem físicas, fora do tempo e criativas.
Algumas vezes que a pá encontrava a terra, percebia as energias que estavam a ser movimentadas; e o mais interessante, era ter vislumbres do que ia acontecendo energeticamente no meu interior.
Era como se cada vez que remexia a terra, estava a movimentar o meu próprio interior e perceber como tudo está interligado e que nada é local.
O interior, o exterior e o resto; acabam por ser manifestações do mesmo, mas em camadas diferentes e, em perfeita comunicação. Não existem num ponto, plano ou dimensão. Simplesmente são e assumem as características do plano em que se vão plasmar. O que no plano físico é um fígado; no etérico, é um vórtice de várias cores. E em cada densidade, vai ser apresentado da forma correspondente a esse nível.
Com os dias, as energias iam-se condensado em matéria e os arranjos exteriores iam mostrando os progressos internos. Muitas regressões espontâneas, lágrimas, fúrias, alegrias, e outras emoções; foram as grandes companheiras do trabalho exterior.
Já estando em 2023, olho as imagens e fico feliz por AURORIAL estar mais confortável de forma a servir melhor quem o usufrui e mais adequado às energias que se estão a apresentar.
Mais melhorias estão a ser preparadas e vão ser partilhadas em breve.
Muito Agradecido